Adolescência é um período de descobertas, desenvolvimento e construção da identidade. Acontecem muitas mudanças físicas e emocionais, e o sujeito muitas vezes não se sente compreendido por ninguém. Por isso, geralmente é uma fase bem difícil. É nesse estágio que os jovens procuram s e incluir em outros grupos diferentes do familiar, buscando através de gostos e afinidades, encontrar uma comunidade que os faça se sentirem pertencentes a algo. E para serem aceitos, acabam adotando comportamentos e valores do grupo escolhido. Também é uma fase onde o indivíduo começa a ser introduzido no mundo adulto, com suas pressões e responsabilidades. Um exemplo é a aproximação do vestibular, onde muitas vezes a pressão da família para a escolha da carreira ou aprovação para a universidade é muito grande. Todos esses acontecimentos podem contribuir para a instalação de um quadro de depressão que, se não for tratado e acompanhado, PODE evoluir para tentativas de suicídio, onde o adolescente compreend
A gente segue uma tendência natural de tentar ser positivo para quem nos conta sobre uma dor. Sendo essa dor mental, essa tendência é até mais forte, porque socialmente as dores psíquicas são menos aceitas. Ocorre que tentar ser positivo sempre, sem ser atento e cauteloso pode ter efeitos negativos. Essa postura positiva pode silenciar o sujeito. Muitas vezes quando direcionamos falas do tipo “Vai passar, é só uma fase”, “Não fica assim, levanta a cabeça e segue em frente”, “Você é mais forte que tudo isso”, “Isso é coisa da sua cabeça”, “Tenha fé, vai passar!”, a pessoa se cala e não tem sua angustia acolhida. Falar é sempre muito importante. A fala ajuda a pessoa em sofrimento a simbolizar e ressignificar o que está vivendo. Não à toa, o processo analítico é centrado na fala do sujeito. Muitas pessoas que cometem violências contra si, entre elas o suicídio, talvez não tiveram a oportunidade de canalizar os sentimentos que as levaram para esse caminho. Uma maneira de se fazer isso